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Ovnis/Osnis e as curiosidades do Universo.

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quinta-feira, 18 de março de 2010

Descoberta de novos planetas encoraja busca por extraterrestres!


Para aqueles de nós que ainda lamentam o fim de Jornada nas Estrelas - e das séries dela derivadas, e de sua visão do cosmos como um delicioso, ainda que ocasionalmente mortífero, nightclub multicultural, o anúncio de que muitas das estrelas de tamanho semelhante ao Sol, em nossa galáxia, contam com planetas de proporções semelhantes às da Terra foi causa de inspiração.

Os mundos recentemente detectados ficam longe demais de seus sóis para que exista muita chance de que abriguem vida, mesmo que microbiana, quanto mais pessoas que pareçam atraentes em uniformes justíssimos. Mas a descoberta ainda assim serve para reanimar os astrônomos e aqueles que acreditam em vida extraterrestre.

Para começar, os planetas são compactos o bastante. Nos 10 anos passados, astrônomos haviam localizado diversos planetas fora do Sistema Solar, mas todos eles eram gigantescas massas de gás à moda de Júpiter, supostamente desprovidos de superfície sólida e centenas de vezes maiores que a Terra.

Em um novo relatório, Michel Mayor, do Observatório de Genebra, informou ter localizado 45 planetas com massa não muito superior à do nosso, o que significa que, como a Terra, eles provavelmente são feitos de rochas. É um resultado que impressiona também no sentido proporcional: cerca de um terço das estrelas pesquisadas dispunham de planetas rochosos, e outros pesquisadores envolvidos em estudos semelhantes afirmam que a proporção na verdade pode estar mais perto de 50%.

E ainda que os 45 planetas da lista de Genebra estejam todos perto demais de seus astros (com órbitas de entre dois e 50 dias), os pesquisadores confiam em que devam existir planetas que estejam tão distantes de suas estrelas quanto a Terra do Sol.

Sara Seager, especialista em teoria planetária do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), disse que os astrônomos procuram planetas por meio de oscilações reveladoras que eles induzem no percurso das estrelas, um método que costuma identificar preferencialmente os corpos muito grandes ou muito próximos dos sóis.

Mas ainda assim ela afirma que o importante é que "assim que os astrônomos começaram a procurar planetas de massa menor, descobriram muitos deles, o que representa verdadeiro avanço". Para alguns teóricos, esses resultados garantem que existam planetas semelhantes à Terra.

Douglas Lin, professor de astronomia e astrofísica da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, diz que a presença dos planetas muito grandes ou muito próximos implica que haja aglomerados de outros planetas nas proximidades. "Eu imaginaria que proporção significativa das estrelas comuns, parecidas com o Sol, disponham de planetas habitáveis em suas órbitas - talvez mais de 10% delas", ele afirma.

Habitáveis ou abomináveis, não se pode escapar dos planetas. "Se uma estrela existe, é provável que existam planetas", disse Seth Shostak, cientista sênior do Instituto Seti, na Califórnia. "São como as facas que você ganha de brinde ao encomendar um processador de alimentos".

Quando uma nuvem de poeira e gás se contrai e forma uma nova estrela, que gira mais e mais rápido à medida que seu tamanho diminui, as forças concorrentes da gravidade, pressão e rotação fazem que parte de sua porção central se contraia em forma de disco. Os planetas, por sua vez, se condensam com base na poeira, gás e gelo desse disco central, em seqüências que os pesquisadores mal começaram a modelar.

Na opinião de Lin, a evolução planetária tem algo de darwinista, com planetas embriônicos concorrendo para se ampliar com o "alimento" fornecido pelo disco em forma de metal pesado, enquanto lutam para não serem devorados por outros planetas ou atraídos para o sol.

Caso haja muitos planetas, os cientistas suspeitam que haja também vida abundante, ao menos da variedade microbiana. Afinal, disseram eles, a vida em nosso planeta surgiu com relativa rapidez, talvez 800 milhões de anos depois do nascimento da Terra por condensação - e depois se manteve, em forma unicelular, por mais três bilhões de anos, ou ainda mais tempo.

Os astrônomos querem identificar novos planetas, e depositam grande esperança na Kepler, uma espaçonave que será lançada em fevereiro e adotará abordagem diferenciada na busca por planetas. Seager diz que ela procurará não por oscilações mas sim por "pequenas quedas de brilho" nos sóis, possíveis sinais de que um planeta obscureceu por dado período a face do sol distante. A Kepler observará 100 mil estrelas em quatro anos.

"Será como a grande era do descobrimento, os navegadores do século XVI", disse Shostak. "Determinaremos a porcentagem de sóis dotados de planetas e, mais importante, que proporção desses planetas têm dimensões pequenas, terrestres".

Quando esse atlas planetário for compilado, podemos escolher os lugares mais merecedores de sondagem adicional: planetas relativamente próximos e do tipo que conhecemos melhor. Poderemos procurar por planetas rochosos com órbitas estáveis e nuvens de vapor de água que indiquem possíveis oceanos líquidos, bem como por presença de oxigênio em forma atmosférica, a assinatura de uma biosfera.

"O oxigênio é tão reativo que não se manteria na atmosfera a menos que esteja sendo produzido por algo como a fotossíntese", disse Seager. "O que representa um grande indicador de vida".

Pode ser que jamais visitemos esses planetas fisicamente, mas seria possível "enviar algo do tamanho de uma bola de golfe", diz Shostak. "Um objeto com olhos, ouvidos, nariz e dedos robotizados, todos os sentidos que tornam as coisas interessantes. Não estaríamos no foguete mas mesmo assim viveríamos a aventura". Assim, poderemos viver e prosperar, com nossas cabeças substitutas nas estrelas mas nossos pés firmemente plantados no solo.

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